Um estudo do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Piauí (UFPI) mostrou que a melancia pode piorar os sintomas da enxaqueca.
O objetivo da pesquisa foi avaliar o efeito da melancia na ativação da via L-arginina-óxido nítrico, que está envolvida na origem das crises de dor de cabeça em pessoas com enxaqueca.
Para isso, os pesquisadores selecionaram dois grupos de voluntários, um formado por pessoas que sofriam de enxaqueca e outro por pessoas sem a doença. Os participantes comeram melancia e, depois de 2 horas, tiveram o nível de nitrito no sangue medido. Os resultados indicaram que 29% das pessoas com enxaqueca relataram ter dor de cabeça após o consumo da fruta, enquanto as pessoas sem enxaqueca não apresentaram nenhum problema.
Como supervisor do estágio, o Prof. Luciano da Silva Lopes evidência que o projeto é algo bastante interessante, por ser uma área curiosa, em que estuda-se o efeito de alimentos comuns no dia a dia, assim como a interferência destes em algumas doenças e, especificamente, no caso da enxaqueca.
“Foi um achado científico muito importante, o qual demonstra que o programa tem uma estrutura capaz de desenvolver projetos que são importantes, inclusive, com impactos para as pessoas de uma forma geral. Então, são muitas as contribuições que isso trouxe para a comunidade, na verdade, um dos objetivos da ciência é trazer algum tipo de benefício, que nem sempre é visto pela população, mas nesse caso é a explicação de algo que já se sabia ou pelo menos já se tinha uma informação prévia”, disse.
O Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas é o único da região meio norte, e segunda a UFPI, a partir de 2024 apresentará a primeira turma de doutores formados pela Universidade Federal do Piauí.
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