O caso do envenenamento dos meninos Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos, pode sofrer uma reviravolta após a morte de quatro membros da família no início deste ano em Parnaíba.
Os meninos foram internados em agosto de 2024 com sintomas de intoxicação. Na época, a Polícia Civil prendeu a vizinha Lucélia Maria da Conceição, de 52 anos, suspeita de ter dado sacolas com cajus envenenados aos meninos. A perícia encontrou na casa dela uma substância semelhante à utilizada para envenenar as crianças. João Miguel faleceu em 28 de agosto, e Ulisses em 10 de novembro.
Recentemente, a mesma substância, terbufós, foi identificada em outro caso de envenenamento na família. No dia 1º de janeiro, nove pessoas foram internadas no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, com sintomas de intoxicação. Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, morreu ainda em casa. No dia 2 de janeiro, o menino Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, faleceu. Em 6 de janeiro, Maria Lauane Fontenele, de 3 anos, não resistiu após ser transferida para Teresina. No dia seguinte, Francisca Maria da Silva, de 32 anos, também faleceu no Heda. Uma filha dela, de 4 anos, segue internada no HUT, em Teresina.
A perícia apontou a presença de terbufós no arroz consumido pela família. Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso sob suspeita de envenenar a comida. Ele é casado com a mãe de Francisca Maria e Manoel, e avô de Igno e Maria Lauane.
Diante desse novo caso, o Ministério Público quer investigar a relação entre os crimes. O promotor Silas Sereno informou que pedirá a soltura de Lucélia, que está presa desde 23 de agosto. Isso não significa que ela esteja livre das acusações, mas que continuará respondendo ao processo em liberdade.
Mín. 21° Máx. 33°