22°C 35°C
Teresina, PI
Publicidade

Cirurgia de Parkinson permite melhor qualidade de vida

Estimulação Cerebral Profunda, ou DBS, auxilia no controle de sintomas motores e permite uma vida mais plena e independente

Por: Assessoria Comunicação Fonte: Agência Dino
28/04/2025 às 13h32
Cirurgia de Parkinson permite melhor qualidade de vida
Freepik

Segunda doença degenerativa mais comum, a doença de Parkinson acomete, aproximadamente, quatro milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, estima-se que o número de pessoas sofrendo com a enfermidade chegue a 200 mil. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, buscando promover conscientização sobre a doença e conhecimento sobre os tratamentos paliativos, instituiu o dia 11 de abril como o Dia Mundial do Parkinson.

A doença de Parkinson é uma doença neurológica crônica e progressiva, com sintomas que afetam, principalmente e de forma mais perceptível, a função motora, seja com tremores intensos, rigidez muscular ou lentidão para realizar movimentos pequenos e simples e até caminhar. Os sintomas menos notórios são a alteração do sono, depressão e dificuldade de concentração.

Comum em pessoas com mais de 65 anos, já que o fator de risco da doença é o envelhecimento, o Parkinson pode acontecer precocemente, devido a questões genéticas, antes dos 45 anos e, em casos raros, antes dos 21 anos. A doença acontece devido à morte precoce ou degeneração dos neurônios da substância negra, região do cérebro responsável pela produção da dopamina, neurotransmissor que faz com que o corpo humano tenha motivação, prazer, movimento e memória.

"Ainda que não haja cura para o Parkinson, existem tratamentos que visam mitigar os sintomas e desacelerar o avanço da doença, sejam com medicamentos, fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia. O mais moderno e avançado dos procedimentos conhecidos na atualidade, e também o mais eficaz, é a Estimulação Cerebral Profunda, ou DBS, sigla em inglês para Deep Brain Stimulation. O procedimento consiste na realização de cirurgia minimamente invasiva para o implante de eletrodos em áreas específicas do cérebro. Esses eletrodos são conectados a um marca-passo cerebral e irão tratar as condições neurológicas, principalmente as motoras", explica o neurocirurgião Rafael Maia.

Especialista em radiocirurgia e neurocirurgia funcional, Rafael Maia esclarece que, para a realização da cirurgia, é preciso um prazo de cinco anos após o diagnóstico de Parkinson, período necessário para a confirmação da doença. “Isso não impede que, em menos de cinco anos, a cirurgia seja considerada, caso os recursos medicamentosos e terapêuticos tenham se esgotado, sempre visando uma melhor qualidade de vida ao paciente”, reforça.

Ainda de acordo com o neurocirurgião, a Estimulação Cerebral Profunda é um incremento para os demais tratamentos. “A DBS é um potencializador dos resultados que os tratamentos com medicamentos, exercícios e terapias alcançam. A cirurgia exige uma manutenção mínima, dependendo do tipo de marca-passo cerebral usado e da necessidade de ajustes nos estímulos dos eletrodos", reforça.

Continua após a publicidade
Anúncio

"A cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda representa um marco no tratamento do Parkinson, oferecendo uma esperança tangível para aqueles que enfrentam desafios significativos com a progressão da doença. A DBS pode restaurar a funcionalidade motora de muitos pacientes, permitindo-lhes retomar atividades diárias e desfrutar de uma vida mais plena e independente", conclui Rafael Maia.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários