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“Bomba nas contas públicas!” Dívida da Prefeitura de Teresina triplica e já ultrapassa R$ 3 bilhões, denuncia Sílvio Mendes

Prefeito Sílvio Mendes revela rombo bilionário na Prefeitura de Teresina e afirma que contratos, empréstimos e dívidas trabalhistas elevam o passivo municipal a quase metade do orçamento anual; ex-prefeito Dr. Pessoa rebate e pede provas.

Francisco Oliveira
Por: Francisco Oliveira Fonte: Redação Manchetenet
07/05/2025 às 17h54 Atualizada em 07/05/2025 às 18h08
“Bomba nas contas públicas!” Dívida da Prefeitura de Teresina triplica e já ultrapassa R$ 3 bilhões, denuncia Sílvio Mendes
Foto: Reprodução/cidadeverde

Sílvio anunciou a suspensão de todas as nomeações e a redução de contratos com terceirizados, como medidas emergenciais. Ele também não descarta a extinção de secretarias, apesar de já ter fechado cinco pastas ao assumir o mandato.

Dr. Pessoa reage

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O ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD) negou todas as acusações e pediu provas. “Ele que mostre os documentos. Não fujo da luta. Minha história é limpa”, disse. A assessoria jurídica do ex-gestor também informou que a Controladoria do Município não apontou nenhuma irregularidade em sua gestão e que todas as obras foram licitadas e devidamente publicadas no Diário Oficial.

 

Prefeitura de Teresina acumula dívida de R$ 3 bilhões, diz Sílvio Mendes; Dr. Pessoa nega irregularidades

O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), revelou nesta terça-feira (07) que a dívida da Prefeitura chega a aproximadamente R$ 3 bilhões — valor três vezes maior que o anunciado inicialmente.

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O novo levantamento, realizado pelo setor financeiro, mostra um passivo que representa quase a metade do orçamento anual do município, que é de R$ 6,4 bilhões.

 

Sílvio afirmou que mais de 3.770 contratos foram identificados e serão encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI). Ele também listou os principais débitos deixados pela gestão anterior:

R$ 480 milhões em restos a pagar (contratos já executados);

R$ 280 milhões em consignações não repassadas;

R$ 212 milhões com terceirizados, em disputa judicial;

R$ 110 milhões em insumos da saúde em atraso desde 2023;

R$ 570 milhões de empréstimos no Banco do Brasil;

R$ 100 milhões do Banco de Brasília (BRB);

R$ 275 milhões da Caixa Econômica Federal;

R$ 123 milhões do CAF (Banco Interamericano);

R$ 202 milhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento);

R$ 502 milhões de repasses devidos ao IPMT (previdência municipal);

R$ 8 milhões de FGTS;

R$ 4 milhões de INSS.

Segundo o prefeito, o município já iniciou negociações com instituições financeiras. "Só com o Banco do Brasil, a dívida gera um custo mensal de R$ 32 milhões. Isso dá quase meio bilhão por ano. Precisamos entender o que foi feito com esse dinheiro", afirmou Mendes.

Contratos informais e dificuldades para pagamento

O prefeito denunciou ainda a existência de contratos informais. Um dos casos citados envolve uma pequena construtora que teria asfaltado ruas da zona sul sem contrato formal. “Foi tudo feito de boca. Não há papel, empenho, nada. Infelizmente, essa senhora foi enganada, como muitos outros”, lamentou.

Suspensão de nomeações e terceirizados

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