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“Caso Tatiana Medeiros: R$ 1 milhão em votos, Pix e facção — TSE aciona PGE sobre escândalo na Câmara”

Ministro Nunes Marques remete habeas corpus da vereadora ao Ministério Público Eleitoral; PF aponta esquema de rachadinha, compra de votos por Pix e envolvimento de familiares e facção.

Francisco Oliveira
Por: Francisco Oliveira Fonte: redação Manchetenet
09/05/2025 às 22h48
“Caso Tatiana Medeiros: R$ 1 milhão em votos, Pix e facção — TSE aciona PGE sobre escândalo na Câmara”
foto reprodução web Manchetenet edition

TSE remete à Procuradoria-Geral Eleitoral habeas corpus de Tatiana Medeiros; vereadora é acusada de seis crimes pela Polícia Federal

O Ministro Nunes Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta sexta-feira (09) o envio dos autos do recurso em habeas corpus da vereadora Tatiana Medeiros (PSB) à Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), que terá até cinco dias para se manifestar. A defesa da parlamentar pede a revogação da prisão preventiva e sua substituição por medidas cautelares.

 

Tatiana foi presa em 3 de abril, e dois pedidos de soltura já foram negados. A Polícia Federal a indiciou por seis crimes:

Organização criminosa

Corrupção eleitoral

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Falsidade ideológica eleitoral

Lavagem de dinheiro

Apropriação indébita

Peculato-desvio (rachadinha)

 O que diz a investigação:

Segundo a PF, Tatiana usava o Instituto Vamos Juntos, fundado por ela, para lavagem de dinheiro e compra de votos com o envolvimento direto de seu padrasto, Stênio Ferreira Santos, que atuava como intermediador. Durante a operação, foram encontrados:

Documentos com listas de eleitores;

Um "Relatório Votos Válidos" com registros de pagamentos via Pix a lideranças políticas;

Dados recuperados de dispositivos eletrônicos destruídos.

A ONG foi suspensa judicialmente, e os investigadores apontam uma ligação entre Tatiana, seu padrasto, seu namorado Alandilson Cardoso Passos (preso em Minas Gerais), e sua mãe, Maria Odélia Medeiros, compondo o que seria um esquema financeiro familiar com fins eleitorais.

Em áudio obtido pela PF, Alandilson afirma ter investido R$ 1 milhão na campanha da vereadora, e sugere que uma facção criminosa teria uma representante dentro da Câmara Municipal.

O caso segue sob análise do TSE, e a resposta da PGE será crucial para definir os próximos passos do processo judicial.

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