A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (15), a Operação Terceiro Ato, que investiga um esquema criminoso de desvio de verbas da merenda escolar no município de Miguel Alves, no Norte do Piauí. O alvo: recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que deveriam garantir alimentação a alunos da rede pública.
Com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí. Nas buscas, os agentes apreenderam dinheiro em espécie, veículos e equipamentos eletrônicos. A Justiça também determinou o sequestro de bens e valores no valor de R$ 1,8 milhão.
Segundo a PF, o objetivo da operação é interromper o esquema, identificar outros envolvidos e recuperar bens adquiridos com dinheiro público.
As investigações começaram após denúncias sobre irregularidades em um pregão para contratação de empresa fornecedora de alimentos. O processo licitatório, segundo a PF, foi fraudado, com indícios de superfaturamento e favorecimento, além de conexões empresariais entre os investigados.
O esquema ainda contaria com criação de uma nova empresa laranja para seguir firmando contratos públicos, mesmo após outras operações já terem atingido os mesmos suspeitos. Um dos investigados atuava como assessor jurídico da Prefeitura à época dos fatos.
Os crimes investigados incluem:
Corrupção ativa e passiva
Peculato
Fraude em licitação
Associação criminosa
Lavagem de dinheiro
A Operação Terceiro Ato expõe mais um capítulo sombrio da corrupção que atinge diretamente o que deveria ser sagrado: a alimentação das crianças nas escolas.