Após a repercussão de vídeos mostrando pessoas levando bonecos hiper-realistas — os chamados “bebês reborn” — para atendimento médico, deputados federais apresentaram projetos para proibir a prática em hospitais públicos e privados de todo o país.
As propostas, registradas na Câmara dos Deputados até esta sexta-feira (16), miram diretamente a onda que tomou as redes sociais, em que donos desses bonecos tentam acessar serviços como consultas, prioridade em filas e até benefícios garantidos a crianças de verdade.
Entre os projetos, o do deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) proíbe qualquer atendimento ou simulação de atendimento a bonecos em unidades de saúde, com penalidades severas: hospitais que descumprirem a regra podem ser multados em até R$ 50 mil, além da possibilidade de demissão de funcionários envolvidos.
Outro projeto, do deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), propõe multas para pessoas que tentarem obter benefícios — como atendimento preferencial — usando os bonecos. As sanções podem variar de cinco a 20 salários mínimos.
A deputada Rosangela Moro (União-SP), por sua vez, defende o acompanhamento psicológico na rede pública para quem demonstrar envolvimento afetivo com os bonecos.
As propostas ainda estão em fase inicial de tramitação na Câmara, mas já geram polêmica e dividem opiniões sobre os limites do comportamento social e o uso de recursos públicos.