Com o aumento das tragédias envolvendo banhistas, o Corpo de Bombeiros do Piauí soou o alarme: a prevenção agora é questão de urgência. Dados recentes revelam um cenário dramático — 49 mortes por afogamento já foram registradas em 2025, número que supera todo o ano de 2024, quando foram contabilizadas 24 vítimas fatais. O dado também ultrapassa os 42 casos de 2023, acendendo um alerta vermelho nas autoridades estaduais.
O relatório do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí (CBMEPI) mostra que, mesmo após uma redução de 42,86% nas ocorrências entre 2023 e 2024, o ano de 2025 se projeta como o mais letal da década — e isso antes mesmo do segundo semestre, quando o fluxo de banhistas costuma disparar em rios, balneários, barragens e praias.
Grande parte das mortes está ligada ao desrespeito às orientações de segurança, imprudência dos banhistas, consumo de álcool e uso de áreas não autorizadas. Segundo o comando da corporação, muitos ignoram os alertas dos Grupamentos de Busca e Salvamento e dos guarda-vidas, expondo-se a riscos que poderiam ser evitados.
Diante do cenário, o CBMEPI deflagrou uma série de ações emergenciais de vigilância e prevenção, reforçando as guarnições no litoral, capital e interior. Equipes de mergulho e salvamento aquático estão de prontidão 24 horas, com estratégias que incluem monitoramento direto, ações educativas e campanhas de conscientização.
Apenas na semana de 12 a 18 de maio, os Bombeiros registraram 116 atendimentos em todo o estado, com destaque para 45 operações de busca e salvamento, especialmente em Teresina, que concentrou o maior número de chamadas.
“A cada vida que perdemos, reforçamos nosso compromisso de intensificar o trabalho. Estamos nas ruas, nas águas e nas comunidades para evitar que a diversão se transforme em tragédia”, disse um oficial do CBMEPI.
O Corpo de Bombeiros faz um apelo à população: respeite as sinalizações, evite banhos em locais não supervisionados e, acima de tudo, não misture álcool com atividades aquáticas. A vida não tem replay.