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Kiev sofre um dos maiores ataques aéreos desde o início da guerra

Ofensiva russa deixa ao menos 15 feridos e provoca destruição em seis distritos da capital ucraniana

Dedé Sousa
Por: Dedé Sousa Fonte: Redaçã[email protected]
24/05/2025 às 09h05
Kiev sofre um dos maiores ataques aéreos desde o início da guerra

A cidade de Kiev foi alvo de uma intensa ofensiva aérea na madrugada deste sábado (24), considerada um dos maiores ataques desde o início da guerra. O bombardeio russo feriu ao menos 15 pessoas, incluindo duas crianças, e causou danos em prédios residenciais de seis distritos da capital ucraniana, segundo autoridades locais.

A ação combinou mísseis balísticos e drones. De acordo com a Força Aérea da Ucrânia, foram disparados 14 mísseis e cerca de 250 drones de longo alcance contra várias regiões do país, com foco principal em Kiev. O distrito de Obolon, no norte da cidade, foi um dos mais afetados.

Relatos de moradores indicam explosões sucessivas durante a madrugada, enquanto imagens registradas por jornalistas mostraram apartamentos em chamas e bombeiros tentando controlar o incêndio. Entre os feridos, estão os filhos de Olha Kalina, de 42 anos, cujo apartamento foi atingido. “Eles me ligaram de madrugada dizendo que a varanda estava pegando fogo. Quando cheguei, estavam escondidos em um estacionamento, com os rostos cobertos de fumaça”, relatou.

Em pronunciamento, o presidente Volodymyr Zelensky classificou a noite como uma das mais difíceis para a população ucraniana e voltou a pedir sanções internacionais contra a Rússia. Segundo ele, a pressão econômica pode forçar Moscou a aceitar um cessar-fogo. “Cada ataque como esse reforça que Moscou não tem interesse em encerrar a guerra”, declarou.

A ofensiva ocorre após ataques ucranianos com drones contra alvos dentro da Rússia, incluindo Moscou. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que seu país irá reagir aos bombardeios. Apesar da escalada do conflito, Kiev e Moscou indicaram disposição para retomar negociações de paz, após um pedido do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. A recente troca de prisioneiros foi vista como um possível primeiro passo, mas as acusações mútuas ainda dificultam o diálogo.

O governo russo ainda não se manifestou sobre os ataques ocorridos durante a madrugada.

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