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Teresina, PI
A violência contra a fauna silvestre no Piauí não dá trégua! Só nos primeiros meses de 2025, sete casos de caça ilegal já foram registrados pelas forças de segurança, com apreensões chocantes de animais e equipamentos usados nesse crime brutal contra a natureza.
A região de São Raimundo Nonato lidera esse triste ranking com três ocorrências recentes, sendo duas envolvendo tatus capturados em Dom Inocêncio e uma que escancarou um cativeiro com nada menos que 21 aves silvestres aprisionadas.
Segundo a cabo Lia Raquel, da 1ª Companhia Independente de Policiamento Ambiental (CIPA), o crescimento das denúncias se deve ao trabalho incansável de conscientização em escolas e comunidades. “A população está começando a entender a gravidade disso e está denunciando mais. Como o anonimato é garantido, a resposta tem sido rápida”, disse a militar.
As autoridades seguem apostando na educação como arma para combater esses crimes. As CIPAs querem intensificar ainda mais, em 2025, as ações de conscientização, alertando que aprisionar, ferir ou matar animais silvestres é crime — e pode ter consequências graves.
O comandante do Comando de Policiamento Ambiental (CPA), coronel Marcos Antonio, fez um alerta duro: “Antes a caça era questão de sobrevivência, hoje é uma ameaça direta à biodiversidade. É preciso parar!”
E o cenário do ano passado mostra o tamanho do problema: em 2024, foram 56 ocorrências de caça ilegal, com quase 700 itens apreendidos, entre armas de fogo, armadilhas e facas. Os animais resgatados são devolvidos à natureza ou levados para cuidados especializados em centros autorizados. Já os responsáveis, acabam na delegacia, enquadrados na Lei de Crimes Ambientais.
Em alguns casos, até cães são usados nas caçadas — uma prática cruel que termina com os animais sendo entregues a ONGs ou protetores.
O recado está dado: quem insiste em destruir a fauna vai pagar caro.
