O governo federal lançou nesta sexta-feira (30) o programa “Agora Tem Especialistas”, com a promessa de acelerar o acesso da população a consultas, exames e cirurgias especializadas pelo SUS. A iniciativa foi apresentada em Brasília pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao lado do presidente Lula.
Segundo Padilha, o Brasil registra anualmente cerca de 370 mil mortes por doenças não transmissíveis que poderiam ser evitadas com diagnóstico precoce. O novo programa busca atacar esse problema.
O “Agora Tem Especialistas” atuará em dez eixos estratégicos, entre eles:
Uso da rede privada e filantrópica para ampliar a oferta de atendimentos pelo SUS;
Mutirões e ampliação de turnos em hospitais públicos e privados;
Credenciamento de clínicas em áreas como oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia;
Expansão da telessaúde, com laudos remotos e consultas online para agilizar diagnósticos;
Aquisição de 121 aceleradores lineares até 2026 para fortalecer o tratamento do câncer — seis já foram entregues, inclusive um em Teresina.
Uma das novidades é que hospitais privados com dívidas com a União poderão quitar parte do débito atendendo pacientes do SUS.
O Ministério da Saúde espera aumentar em até 30% o volume de atendimentos especializados em todo o país.
Durante o evento, o presidente Lula reforçou que o objetivo é garantir que o povo tenha acesso ao mesmo tipo de atendimento e exames que qualquer autoridade teria, afirmando:
“O pobre vai ter direito a fazer os mesmos exames que o presidente da República faz quando ele vai fazer um check-up. Chama-se apenas respeito.”
O projeto será encaminhado ao Congresso por meio de Medida Provisória. A meta é acelerar o atendimento, reduzir desigualdades e salvar vidas.