A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de prisão preventiva contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após ela confirmar que deixou o Brasil “há alguns dias”. A parlamentar afirmou que a viagem foi motivada por tratamento médico e declarou que deve seguir para a Itália nos próximos dias, país onde possui cidadania.
A medida foi tomada após a parlamentar afirmar que se afastará do mandato, sem remuneração, para realizar o tratamento fora do país. A saída repentina e o paradeiro indefinido geraram preocupação nas autoridades, especialmente diante da condenação de Zambelli a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), decisão proferida pelo STF em maio.
O advogado Daniel Bialski, que vinha atuando na defesa da deputada, renunciou ao caso alegando "questões de foro íntimo", após a divulgação da viagem internacional.
Especialistas apontam que uma possível extradição pode ser dificultada, principalmente se Zambelli estiver na Itália, país que geralmente não extradita seus cidadãos. O paradeiro exato da parlamentar no momento da solicitação será determinante para o andamento de eventuais medidas judiciais em âmbito internacional.