O caso que chocou Itapecerica da Serra (SP) ganhou novos contornos nesta terça-feira (3). O pai de Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, revelou que a adolescente que confessou ter envenenado o bolo de pote dormiu na casa da família no dia do crime.

 “Essa menina foi dormir lá em casa, acompanhou todo o caso. Viu minha menina passar mal, me viu levar ao hospital. No outro dia, viu minha filha caindo no banheiro e não demonstrou nenhuma reação”, relatou emocionado Silvio Ferreira das Neves, pai da vítima.

O motorista também contou que a adolescente o abraçou após a confirmação da morte de Ana Luiza:
 “Depois que minha filha estava morta, ela me abraçou e disse que ia ficar tudo bem”.

 A adolescente foi apreendida pela Polícia Civil e confessou ter colocado óxido de arsênio no bolo de pote por ciúmes. Disse ao delegado que queria apenas que a amiga tivesse "sintomas ruins" e ficou "chocada" com a morte.

O bolo envenenado havia sido entregue por um motoboy na casa da vítima, acompanhado de um bilhete:
 "Um mimo para a garota mais linda que eu já vi".

 Poucos minutos após comer o doce, Ana Luiza passou mal e foi levada ao hospital, diagnosticada com intoxicação alimentar. Recebeu alta, mas no dia seguinte voltou a passar mal e morreu antes de receber atendimento médico.

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 Durante as investigações, a polícia descobriu que, no dia 15, outra adolescente também passou mal após comer um bolo de pote entregue por motoboy. Felizmente, ela sobreviveu.

A partir de imagens de câmeras de segurança, os policiais localizaram o motoboy que revelou o endereço de onde retirou a encomenda.

 No local, encontraram a suspeita, que, acompanhada da mãe, foi levada à delegacia.

Confissão:
 A adolescente admitiu ter envenenado duas vítimas;
 Disse que comprou o veneno na internet por R$ 80;
 Misturou o produto a um brigadeiro usado como cobertura dos bolos;
Escreveu os bilhetes carinhosos enviados junto às sobremesas.

Ela foi apreendida por ato infracional análogo a tentativa de homicídio e homicídio qualificado pelo emprego de veneno.

Atualmente, está internada em uma unidade da Fundação Casa.